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segunda-feira, 29 de julho de 2013

“Espelho, espelho meu...”

Foto: “Espelho, espelho meu...”
    A Psicologia tem buscado
    enfatizar o crescimento 
    saudável e a criação de 
    espaço para a expressão 
    do ser. Por outro lado, a 
    escola ocupa praticamente 
    metade do tempo (ou mais) 
    de uma criança ou 
    adolescente. 
    Por isso, é importante que 
    os educadores estejam 
    atentos  para que a escola 
    não seja apenas um lugar 
    com finalidade de cumprir
    programas, mas também para trocas que contribuam à 
    formação da identidade e à construção de uma autoestima
    saudável. O Programa Jornal, Escola, Comunidade, 
    desenvolvido pelo jornal A Tribuna, de Santos/SP, 
    entrevista a especialista Beatriz Acampora (*), autora do livro 
    Autoestima – práticas para transformar pessoas.

    Por que a Psicologia tem enfatizado a importância da 

    autoestima no processo educativo?

    A educação é a base de tudo e ela começa em casa, nas 

    relações íntimas familiares, nas construções das regras, 
    dos papéis sociais,  do valor que as pessoas têm na vida 
    umas das outras, no cuidado diário em oferecer atenção 
    às necessidades daqueles seres que  estão em formação: 
    crianças e adolescentes. A escola é o palco onde a 
    socialização se dá efetivamente na vida da criança, onde 
    ela começa a lidar com grupos grandes, a dividir espaço, a 
    compartilhar deveres, tarefas e objetivos. É importante que 
    este espaço tenha uma atenção voltada para a formação 
    da  autoestima  das crianças e adolescentes que 
    compartilham  seus ambientes,  pois os acontecimentos 
    da escola têm um impacto direto na  vida deles.

    De que forma isso é um facilitador na aprendizagem?

    Uma criança com boa autoestima tende a se interessar por

    si mesma, a fazer escolhas que não a prejudiquem, respeita 
    seus limites e os limites dos colegas, consegue superar os
    desafios, ser mais resiliente diante das dificuldades, é mais 
    persistente e luta pelos seus objetivos. Na aprendizagem, 
    isso é um grande facilitador para que a criança ou 
    adolescente crie estratégias para os estudos, mesmo 
    nas disciplinas em que têm mais dificuldades. O professor 
    precisa estar preparado para lidar com os alunos nesse 
    sentido, tanto de baixa autoestima  quanto de 
    supervalorização.

    De que forma proceder?

    Em primeiro lugar, o próprio professor deve ter uma boa 

    autoestima, pois o modo como nos relacionamos com as
    pessoas apenas retrata como lidamos conosco. 
    Um professor com baixa autoestima dificilmente conseguirá
    incentivar seus alunos a desenvolver uma boa autoestima. 
    Não porque ele não queira, mas porque seus 
    comportamentos, suas palavras sempre o trairão. 
    A postura do professor deve ser de observar, 
    compreender, acolher e  oferecer recursos e estratégias 
    para mudanças em conjunto com a criança e com a família. 
    É importante buscar compreender qual a intenção positiva 
    por trás do comportamento da criança, ou seja, o que ela 
    está tentando sinalizar com seu comportamento, mesmo 
    que em um primeiro momento ele pareça inadequado.

    Por que a escola é essencial na construção da 

    identidade e do autoconceito?

    A escola não é a única responsável pela autoestima das 

    crianças e jovens, mas ela tem um papel essencial. É na 
    escola que surgem a competitividade, a inserção em grupos 
    distintos da família, a busca pela adequação e adaptação 
    social às regras que valem para todos, como uso de 
    uniforme, convívio social, cumprimento de horários de 
    entrada, saída, lanche. É preciso ter um olhar atento 
    ao modo que as crianças e jovens expressam seus 
    sentimentos, às padronizações de  estereótipos, para
    que a construção da identidade e do autoconceito 
    sejam saudáveis. É preciso ter espaço para olhar o ser.

    (*) BEATRIZ ACAMPORA É MESTRE EM COGNIÇÃO E 

    LINGUAGEM, ESPECIALISTA EM PSICOLOGIA, 
    COMUNICAÇÃO E SAÚDE, PSICÓLOGA, JORNALISTA E 
    PROFESSORA DA UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ. 
    É AUTORA DE DIVERSOS LIVROS PELA WAK EDITORA. 
    Fonte: Jornal, Escola, Comunidade/ Autora: Carolina Morgado Viana (
    http://hotsites.atribuna.com.br/atribuna/jornalescola/noticias.asp?idConteudo=1421&categoria=3)

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