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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Jovens produzem vídeo sobre comunidade quilombola


Credito:  Escola Lourenço Castanho
Os jovens Matheus Carvalho Doni e Gabriel Augusto Delgado durante a filmagem do documentário na comunidade



















Alunos do Oitavo Ano da Escola Lourenço Castanho, em São Paulo, tiveram a oportunidade de produzir mídia e, ao mesmo tempo, aprender e valorizar a cultura quilombola. Eles acabam de lançar o documentário ‘Fronteira: Novos Saberes’, filmado no Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira, considerado uma das Unidades de Conservação mais importantes do mundo. A ideia do projeto nasceu durante uma reunião dos professores da turma que escolheram como tema norteador dos trabalhos curriculares ‘Fronteiras’, com eixos de discussão centrados na ‘Diversidade’. O vídeo foi feito com o apoio de quinze educadores que deram suporte aos estudantes e participaram da elaboração, desenvolvimento e execução do projeto.
A proposta foi colocada em prática através de uma parceria com a Escola Estadual Maria Antonia Chules Princesa, que atende algumas comunidades quilombolas na região. O convênio permitiu que os jovens de ambas as instituições pudessem interagir e trocar experiências, as quais foram valiosas na produção do material. “Queríamos registrar o convívio dos alunos durante o estudo de campo, no entanto, pensamos que os próprios alunos poderiam realizar a gravação ao invés de contratar uma equipe de filmagem, e foi o que fizemos”, explica o coordenador das turmas do 8º Ano da Escola Lourenço Castanho, Luiz Fernando de Oliveira. Ele acredita que além do convívio e trocas de saberes, o documentário acabou se tornando “um arquivo histórico que possibilita uma reflexão sobre a comunidade quilombola para toda a sociedade”.
Durante três meses, o grupo – composto por quatorze estudantes - de São Paulo participou de oficinas de produção de vídeo com os educadores Alexandre Sayad e Silvio Rocha. “Essa experiência me fez perceber o quanto os jovens já estão trabalhando com audiovisual, seja com seus celulares ou câmeras digitais, independente de haver algum projeto. Então cabe aos educadores abrir portas para o conhecimento dessas habilidades. Em três meses fizemos, ou melhor, os alunos fizeram, o que muitos projetos não fazem em um ano. Foi intenso e muito produtivo”, coloca Sayad.
"Quando você estuda em uma sala de aula, em slides ou em cadernos, você cria uma reflexão sobre como é aquele lugar e como você espera que sejam aquelas pessoas, porém, quando você chega lá, vê que é algo totalmente diferente do que tinha pensado. Toda essa experiência me fez pensar sobre o modo como eu vivo, afinal, nem todas as pessoas vivem em uma cidade grande e movimentada, e que o trabalho em equipe é fundamental para ter um bom resultado. O que eu aprendi nesses últimos meses vou levar para a vida toda”, diz a aluna Stefani Morcillo.
O documentário estará disponível em breve no site da Escola Lourenço Castanho:www.lourencocastanho.com.br/portal
Titulação de terras
Ministra pede maior integração de governos
No início do mês em que é lembrado o Dia da Consciência Negra (20 de novembro), a ministra da Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Luiza Helena de Bairros, pediu maior integração de governos estaduais e prefeituras em questões sobre comunidades quilombolas, especialmente no que diz respeito à titulação de terras, sendo que o acesso a terra é um dos quatro eixos do Programa Brasil Quilombola, criado em 2004. Essa declaração foi após uma audiência pública – que aconteceu no dia 05 - na Comissão de Direitos Humanos do Senado onde a situação das comunidades quilombolas havia sido discutida.
No Brasil, a população quilombola é estimada em 1,7 milhão de habitantes, segundo a Seppir. O número de comunidades remanescentes reconhecidas é 1.948. Desse total, 1.834 já foram certificadas pela Fundação Palmares, instituição vinculada ao Ministério da Cultura, para preservar a cultura afro-brasileira. A maior parte das comunidades certificadas (64%) está na região Nordeste, em seguida aparece a Sudeste com 14%.
Com informações da Agência Brasil (agenciabrasil.ebc.com.br)
Parque Estadual
O PETAR foi criado em 1958. Com mais de 300 cavernas, dezenas de cachoeiras, trilhas, comunidades tradicionais e quilombolas, sítios arqueológicos e paleontológicos, está na maior porção de Mata Atlântica preservada do Brasil (cerca de 35 mil hectares). Abriga várias espécies de aves, mamíferos de grande porte e muitas espécies de bromélias, orquídeas e palmito juçara. Conheça mais: www.petaronline.com.br.

Fonte: Jornal da Manhã 21/11/2012 Talita Moretto

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