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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Luz, camêra e educação!
















“Quatro adolescentes usuários de drogas roubam uma menina para comprar uma “pedra”. No incidente a garota é espancada e fica com a perna machucada. Dependente de cadeira de rodas, reconhece os rapazes e reage de uma forma inusitada”.
A sinopse acima representa um trabalho de ficção produzido pelos alunos do 8º ano da Escola Municipal Marechal Ribas Júnior, localizada na Vila Reden­ção.
O roteiro foi discutido e elaborado por 20 educandos que participam do projeto Telinha de Ci­ne­ma - Educação, Arte e Tecno­logia, que representa a terceira ação do Festival Craques da Paz.
Semanalmente, entre os meses de agosto e setembro, cerca de 40 alunos da rede municipal, das escolas Marechal Ribas Júnior e Jalles Machado de Siqueira, no Jardim Bela Vista, têm a oportunidade de produzir vídeos, durante as aulas da oficina Telinha de Cinema.
O curso tem como objetivo possibilitar aos alunos da Rede Municipal de Educação (RME), a promoção da cultura da paz, com momentos de experimentação de práticas de produção audiovisual, utilizando dispositivos móveis como telefone celular e máquinas digitais.
A ação é fruto da parceria entre a Secretaria Municipal de Educação (SME), por meio da Política Articulada de Educação da paz (Epaz), o Instituto Soldados da Paz e a organização não-governamental  Casa da Árvore.
De acordo com a secretária municipal de Educação, Neyde Aparecida, projetos voltados ao cinema e à educação são uma parceria de sucesso. “A produção cinematográfica é uma das temáticas importantes a serem trabalhadas em sala de aula”, afirma.
A finalidade da oficina é também orientar os alunos na construção dos roteiros e produção de ví­deos que abordem o tema bullying, violência, uso de drogas, valores e promoção da cultura da paz.
Cada instituição é responsável pela elaboração de dois curtas: um documentário e uma ficção. “O projeto favorece a aprendizagem e a troca de experiências entre os alunos, porque promove a democratização dos meios de comunicação. A utilização de novas tecnologias, como o celular pode representar um instrumento a serviço da sociedade”, acrescenta a secretária.
Oficinas
Com carga horária de 30 horas, a formação beneficia atualmente cerca de 40 educandos da RME, das escolas Marechal Ribas Júnior e Jales Machado Siqueira.
O curso é desenvolvido de forma presencial e virtual. Duas vezes por se­mana, durante os meses de agosto e setembro, os alunos têm aulas na própria instituição, com os oficineiros da Casa da Árvore.
Os oficineiros Pablo Régis e Jéssica Gomes, fundadores da Casa da Árvore e acadêmicos de Produção Audiovisual da Uni­ver­sidade Estadual de Goiás (UEG), percebem a empolgação dos alunos durante as gravações.
“No início, falamos da teoria e depois passamos para a prática. Pouco a pouco, os alunos perceberam que o celular não serve apenas para ligar ou enviar mensagens, mas também fazer cinema. Isso faz parte da cultura”, argumenta Jéssica.
“Os alunos se encantaram pelo projeto e querem a continuidade do curso. Os próprios alunos desenvolveram as ideias e perceberam que não são somente pessoas famosas que podem elaborar vídeos. Todos podem fazer cinema”, ressalta Pablo.
Para o educando Vitor Rodri­gues Tavares, 13 anos, o curso permite ter muitas visões a respeito do cinema. “Eu não sabia filmar ou colocar vídeos na internet, mas agora tenho a oportunidade de aprender mais sobre produção audiovisual”, afirma.
Craques da paz

O festival Craques da Paz é uma ação do Instituto Soldados da Paz, que tem como objetivo provocar mudanças no modo de agir e pensar de uma comunidade, por meio de uma temática e agenda de trabalho, desenvolvida ao longo do ano.
Neste ano, a realização das oficinas de audiovisual, em parceria com a SME, permitiu trabalhar a cultura da paz com alunos da rede municipal de Goiânia e despertar o interesse nos jovens para a experimentação tecnólogica das mídias móveis.

Aprendizagem ampliada
Durante as gravações, cada educando tem uma função. Além da elaboração de roteiros, captação de imagens e produção de vídeos, os alunos também participam da edição final, utilizando o laboratório de informática como apoio.
Para a professora de Artes da Escola Municipal Marechal Ribas Júnior, Karly Pedatela Desidério, a proposta é bastante diferenciada e o rendimento escolar dos alunos é ampliado.
“Os nossos alunos já participam de aulas voltadas ao cinema e teatro, mas com a utilização de mídias portáteis, eles se interessam ainda mais. E as atividades integram todo grupo”, destaca.
A aluna Bárbara Gomes, 14 anos, está entusiasmada com as oficinas. “Gostei da proposta; todos os colegas ajudaram a fazer o roteiro. Eu não pensava que poderíamos fazer cinema com um celular e toda semana aprendo mais. Estou ansiosa para que nosso vídeo seja exibido”, afirma.
Nesta semana, entre os dias 19 e 21, das 9 às 11 horas, os trabalhos produzidos pelos alunos serão exibidos no Cine Goiânia Ouro (Rua 3, esquina com Rua 9, Centro), na Mostra Telinha da paz.
Cerca de 250 alunos de instituições da rede assistirão à mostra, que contará ainda com palestras e momentos culturais.

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