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sexta-feira, 11 de maio de 2012

Todos pela educação?

Ayne Salviano
Folha da Região - 01/05/2012



AVISO
O título acima é uma provocação. A partir desta premissa, preciso explicar: O “Todos Pela Educação” é um movimento financiado pela iniciativa privada. Congrega a sociedade civil organizada, educadores e gestores públicos que têm como objetivo contribuir para que o Brasil garanta a todas as crianças e jovens o direito à educação de qualidade.

SUCESSO
Criado em setembro de 2006, em ato público realizado simbolicamente nas escadarias do Museu da Independência em São Paulo, o movimento trabalha para que sejam garantidas as condições de acesso, alfabetização e sucesso escolar, além de lutar pela ampliação e boa gestão dos recursos públicos investidos na Educação.

METAS
Esses objetivos foram traduzidos em cinco metas, com prazo de cumprimento até 2022. Elas são claras, realizáveis e possíveis de monitorar a partir da coleta sistemática de dados e da análise de séries históricas de indicadores educacionais oficiais.

PROJETO
A primeira meta a ser atingida é que toda criança e jovem de 4 a 17 anos estejam na escola; que toda criança seja plenamente alfabetizada até os 8 anos (meta 2); que todo aluno termine o ano com aprendizado adequado à sua série (3); todo jovem conclua o ensino médio até os 19 anos (4) e, por fim, que o investimento em Educação seja ampliado e bem gerido.

PARCERIA
O Todos Pela Educação entende ser dever primordial do Estado oferecer educação de qualidade a todas as crianças e jovens. No entanto, admite que diante da dimensão e importância dessa tarefa e do quadro histórico da educação básica no Brasil, somente a ação dos governos não será suficiente para alcançá-la. Para isso, é muito importante que o debate sobre os rumos do setor seja o mais abrangente possível.

FAMÍLIA
Mas de nada adianta toda esta movimentação social se os responsáveis pelos alunos não entenderem que a escola ensina e os pais, educam. Na ‘parceria’ atual, professores têm que parar a aula pra educar crianças e jovens a como se comportar em sala de aula em uma inversão de papéis onde os pais não assumem o conteúdo de matemática, português, história e todos os outros conhecimentos. Daí a pergunta: Estamos todos lutando mesmo pela educação?

Ayne Regina Gonçalves Salviano é jornalista e professora. Mestre em Comunicação e Semiótica. Especialista em Metodologia Didática. Professora no ensino médio, graduação e pós na rede particular de Araçatuba. Coordenadora do Programa Jornal e Educação Ler para Crescer da Folha da Região. ayne.salviano@folhadaregiao.com.br

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