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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Inclusão e mídias digitais



O debate Inclusão e Mídias Digitais aconteceu na tarde do dia 9 no Cubo de Conteúdo e foi transmitido ao vivo. Os debatedores foram Mary Grace P. Andrioli (mestre em políticas públicas para acessibilidade com TIC pela USP), Elizabeth Dias (representante da Escola de Informática e Cidadania do Centro de Apoio Pedagógico às Pessoas com Deficiência Visual de Belo Horizonte - CAP - BH), Rita Bersch (membro do CAT - Comitê de Ajudas Técnicas da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República), Lucas Gil (Aluno do 2º ano do Ensino Médio do Centro Educacional Pioneiro). A mediação foi de Luis Fernando Guggenberger (gerente de Debate e Conhecimento da Fundação Telefônica).

A comunicação e o acesso ao conhecimento sempre foi um desafio para as pessoas portadoras de deficiências. Cada vez mais, as tecnologias digitais, através de ferramentas de acessibilidade tem tornado esses obstáculos menores. Práticas de inclusão digital e social foram apresentadas nesse debate, para responder a seguinte reflexão: as tecnologias digitais podem ser de fato inclusivas?

Mary Grace Andrioli disse que às vezes, esses alunos são esquecidos por conta do desconhecimento de quem está trabalhando com eles. Destacou ainda que, na sala de aula o desafio é a atitude e é comum a postura de fazer atividades separadas. “Aí está o perigo, é preciso pensar em processos, atividades que atenda à todos juntos, alunos com e sem deficiência.”

Lucas Gil contou que,  como aluno deficiente visual, sempre fez uso do método Braille, mas depois começou a perceber o quanto os gadgets poderiam ajudar, os livros digitais etc. “Posso dizer que a vida com um gadget, um computador em sala de aula ficou muito mais fácil”.

Elizabeth Dias, que tem deficiência visual, começou dizendo que a palavra-chave é a acessibilidade. A tecnologia causa um estranhamento a princípio, inclusive dos deficientes. Ela também percebe que a questão do acesso a essas tecnologias e à essa cultura ainda está em iniciativas pontuais. É preciso ter  computadores com programas leitores de telas em todos os telecentros, pontos de cultura etc. Além disso, existem outras barreiras, como páginas da internet difíceis de acessar. Neste ponto, Lucas completou que é importante reclamar, pois as empresas querem muitas vezes atender a esse público, mas não sabem 
como.

Depois foi a vez de Rita Bersch falar. Como ela trabalha com neurodesenvolvimento, lida com crianças com deficiências de comunicação, e aí se perguntava: “como ela pode se expressar?” Conseguiu essa resposta com as tecnologias. Contou de um menino com paralisia cerebral que, através do computador, seleciona símbolos gráficos e se expressa, mostra seus desejos. Assim ele participa da aula, interage. Ele usa um mouse adaptado e, da mesma forma, há próteses e órteses que podem dar independência e autonomia a essas pessoas. É a tecnologia assistiva. Rita inclusive levou dispositivos deste tipo e os participantes puderam manipulá-los e conhecer um pouco mais ao final do debate.



Fonte: EducaRede/ Foto: Ricardo Lisboa

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