Aqui você encontrará notícias, dicas de sites, cursos, músicas, eventos e atividades que estejam ligadas a projetos de Jornal e Educação e Jovens Leitores.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Série exibe bons modelos de ensino

Uma série do Canal Futura vai mostrar como funciona o sistema educacional em países que obtiveram boa colocação no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), que qualifica o ensino pelo desempenho dos estudantes.

As experiências de Coreia do Sul, Canadá, Chile, Finlândia e da província de Xangai, na China, serão reveladas cada uma em um episódio de "Destino: Educação".

O canal também vai abordar a situação do Brasil - que, apesar de ter progredido nos últimos anos, amarga a 53ª posição na avaliação, que teve participação de 65 países. O programa foi lançado ontem em Brasília e vai ao ar em outubro.

O programa levou em conta o último ranking do Pisa, de 2009, para escolher os locais visitados. Cada um dos sete episódios será dedicado a um país, e o último será uma espécie de retomada da série, para discutir os pontos mais marcantes de cada experiência. A ideia não é transpor um modelo para o Brasil, mas trazer à tona modelos que possam servir de inspiração.

- Nenhum dos modelos que vimos pode ser aplicado aqui diretamente, mas há princípios inspiradores - diz a gerente do Canal Futura, Lúcia Araújo.

Ela cita como exemplo a filosofia do sistema finlandês, em que os melhores professores ficam responsáveis pelos alunos com pior desempenho.

- É a qualidade com igualdade. Ao contrário da Coreia do Sul, onde há competição a todo o custo - observa.

A série traz entrevistas com estudantes, educadores e gestores e vai à casa dos alunos mostrar a rotina de estudos e conversar com os pais.

Entre as questões abordadas estão o grau de preocupação dos governos com o ensino; a articulação entre as políticas macro e as práticas do dia a dia escolar; formas de valorizar o professor; e o papel da família naEducação.

O primeiro episódio é sobre Xangai, o primeiro lugar no Pisa mais recente. A série mostra alunos excelentes rodeados de pais exigentes e professores qualificados.

A dedicação ao ensino é tão alta que o governo baixou uma lei limitando as horas de estudo em casa. Em seguida, vem a Finlândia, onde o professor, para lecionar, precisa ter mestrado, no mínimo. O país incentiva a autonomia dos alunos - que, no ensino médio, podem escolher o que querem aprender.

O Chile, país mais bem colocado no Pisa entre os latino-americanos, aparece no terceiro episódio. Em seguida, o programa vai à Coreia do Sul para mostrar rotina escolar de oito horas e rigorosa disciplina em sala de aula - que, até bem pouco tempo, incluía castigos físicos.

O episódio sobre o Brasil revela que o país ainda está longe de um sistema satisfatório. O programa mostra os altos índices de repetência e evasão escolar, os baixos salários dos professores, a pouca formação dos profissionais e as poucas horas dos alunos na escola.

A série foi realizada em parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi) e com consultorias da socióloga e educadora Maria Helena Guimarães de Castro, do Todos pela Educação e da Comunidade Educativa.



Fonte: O Globo 15/09/2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário