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sexta-feira, 15 de abril de 2011

Copyright na Escola: uma reflexão necessária

Compartilhamos texto de Débora Sebriam, do blog Internetando, sobre a prática do "copia e cola".

Era uma vez, antes da internet…

Professores caminhavam alegres em direção a sala de aula com seus radinhos em punho e fomos da fita K7 ao CD. Ver um filminho para ilustrar a aula era super legal e fomos do VHS ao DVD, devidamente alugados por 48 horas. As folhinhas dos alunos eram rodadas no mimeógrafo, com figurinhas carinhosamente retiradas dos livros didáticos. Alunos traziam seus trabalhinhos (devidamente copiados da Barsa) caprichados, escritos com letra legível e sem rasuras nas folhas de papel almaço.

Um belo dia nasceu a internet (menina travessa)…

E milhares de pessoas ao redor do mundo começaram a compartilhar arquivos. Professores antenados, sairam buscando por aí: bonitas imagens para ilustrar a “folhinha” de lição de casa (adeus mimeógrafo), vídeos no Youtube (adeus locadora), baixavam música no Emule e gravavam seus próprios CDs (adeus radinho chiado), textos prontos no Scribd, apresentações no Slideshare e por aí vai. Acharam esses canais perguntando ao oráculo da era moderna: Santo Google! Os alunos fazem a sua parte, trazem tudo bem formatadinho em folha A4, conteúdo super atual (devidamente copiado da Wikipédia), ilustram também seus trabalhos com imagens sensacionais, devidamente copiadas do Google Imagens ou qualquer site que o oráculo indicar.

Pergunto eu, qual a diferença do antes e do depois?

A resposta mais óbvia e talvez simplista (pra mim) é que o depois proporciona uma avalanche muito maior, a internet espalha a notícia de forma muito mais rápida e o alcance é enorme. Qualquer um copia qualquer coisa e põe seu nome abaixo! Entretanto nos dois casos alguma coisa passou, não prestamos atenção nos sinais (ops, nos autores).

E agora pergunto eu, qual o ponto em comum do antes e do depois?

Ora, ora pergunte ao Arnaldo, a regra é clara! Exibir filmes alugados da locadora na escola, por exemplo, também fere as leis do super C e aí vem alguém e diz que eu não posso usar esse ou aquele material da internet com fins educacionais (mesmo citando as fontes), porque o copyright não deixa, o super C é mesmo implacável. É pessoal, a regra é mesmo clara.

Mas será que a regras desenhadas para o século passado se aplicam a Sociedade da Informação e do Conhecimento? Eu creio que não!

Soluções? Todos queremos soluções! Cadê as soluções?!

Já passou da hora de discutirmos entre nós educadores e com nossos alunos essas questões. Indicar o autor sempre foi necessário, mesmo que não praticado (Lembra? Onde hoje você põe webgrafia era bibliografia). O mesmo se aplica as imagens e vídeos que ilustram nossos sites e blogs (professores e alunos). Esse seria um excelente 1º passo!

Passar a usar e ensinar nossos alunos a usarem materiais licenciados em Creative Commons, eis o nosso 2º passo!

Compartilhar os nossos trabalhos e experiências na internet é sensacional e gera aprendizado, não é mais o EU, agora somos o NÓS. Você gosta da ideia? Eu também gosto! A minha dica é: licencie seus materiais com o super CC (Creative Commons) e coloque a disposição da comunidade acadêmica, se não podemos usar este ou aquele material, pois então criemos os nossos. (...)

Quer ver o texto completo e os vídeos postados por Débora nesse texto? Acesse: http://deborasebriam.wordpress.com/author/deborasebriam/

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